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Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou nesta segunda-feira (21) luto oficial de sete dias em homenagem ao papa Francisco. Por meio de nota, o presidente destacou o legado do pontífice argentino Jorge Mario Bergoglio e lamentou profundamente a perda de uma “voz de respeito e acolhimento ao próximo”.


Lula ressaltou que Francisco viveu e propagou valores como o amor, a tolerância e a solidariedade.


“Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o Papa buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia”, disse.


O presidente também destacou a atuação do papa em temas centrais da agenda social e ambiental global. Segundo ele, com simplicidade, coragem e empatia, Francisco levou ao Vaticano o debate sobre as mudanças climáticas e denunciou modelos econômicos geradores de injustiças e desigualdades.


“Ele sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito”, afirmou Lula.


O presidente lembrou ainda os encontros que teve com o papa, ao lado da primeira-dama Janja da Silva, como momentos de carinho e partilha de ideais comuns. “Pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará”, disse.


Ao finalizar a nota, o presidente desejou consolo a todos que sofrem com a perda do líder religioso. “O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, concluiu.


Roma, Itália, 21.06.2023 - Presidente Lula e a primeira-dama Janja encontram-se com papa Francisco, no Vaticano. Ricardo Stuckert/PR

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Encontros

O presidente Lula e o papa Francisco se encontraram oficialmente em três ocasiões. O primeiro encontro ocorreu em 13 de fevereiro de 2020, no Vaticano. A reunião, de caráter privado, foi realizada na Casa Santa Marta, onde o Papa costuma receber convidados em um ambiente mais reservado e informal. Durante cerca de uma hora, eles conversaram sobre a importância da solidariedade, do combate às desigualdades e da construção de um mundo mais justo e fraterno.


Já eleito, Lula voltou a se reunir com o pontífice em 21 de junho de 2023, também no Vaticano. Na ocasião, além de reafirmarem os laços de amizade, discutiram temas da agenda global, como a promoção da paz, a preservação ambiental e a luta contra a fome e a pobreza. O presidente convidou o papa Francisco para visitar o Brasil, especialmente durante a celebração do Círio de Nazaré, em Belém (PA).


O terceiro encontro aconteceu em 14 de junho de 2024, durante a Cúpula do G7, realizada na região de Apúlia, no sul da Itália. O papa participou pela primeira vez como orador no evento, destacando a necessidade de um uso ético da inteligência artificial e condenando o desenvolvimento de armas autônomas letais. Em uma reunião privada, Lula e Francisco voltaram a discutir temas como o combate à fome, a promoção da paz e a necessidade urgente de reduzir as desigualdades globais


Em fevereiro deste ano, Janja teve um novo encontro com o papa Francisco em meio a uma viagem a Roma para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Durante a reunião, ela agradeceu as orações pela saúde de Lula e compartilhou com o Papa reflexões sobre a situação de mulheres e meninas afetadas pela fome e a pobreza.


Visita ao Brasil

Após sua eleição em 2013, o papa Francisco teve o Brasil como primeiro destino internacional e foi recebido pela então presidenta Dilma Rousseff.


O pontífice esteve na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que reuniu milhões de jovens de todo o mundo.


Durante a visita, o papa visitou a Favela da Varginha, o Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus e celebrou missas para multidões em Copacabana.


Nessa mesma viagem, esteve no Santuário Nacional de Aparecida (SP), onde também reuniu uma multidão de fiéis. Fonte: Agência Brasil

Foto: chase.wanda/Instagram
Foto: chase.wanda/Instagram

Morreu na noite desta quarta-feira (2) a jornalista Wanda Chase, ao passar por uma cirurgia de aneurisma da aorta no Hospital Tereza de Lisieux, em Salvador. Segundo a família, ela anunciou que estava com problemas de saúde há cerca de um mês, após uma virose. A jornalista foi diagnosticada com uma infecção urinária depois com uma infecção intestinal.


A família informou o falecimento por meio de nota e disse que a jornalista foi uma mulher pioneira e inspiradora na luta pela igualdade racial e pela representatividade na mídia.


“Sua partida deixa um vazio irreparável, mas seu legado de luta, perseverança e paixão pela vida e pela justiça social continuará a inspirar gerações futuras. Para nós, seus familiares, Wanda é referência de alegria, determinação, sensatez, honestidade e competência. Na vida a Wanda amou tudo que fez e nosso amor por ela é para sempre”, diz a nota.


Nascida no Amazonas, Wanda Chase construiu sua carreira no jornalismo, passando pelo Jornal A Crítica, Rede Manchete, TV Cabo Branco, Rede Globo Nordeste e, por último, a convite, por 27 anos na TV Bahia. Wanda atuou como repórter, editora, colunista e apresentadora, além de ter sido militante do movimento negro, lutando por mais visibilidade e inclusão para as comunidades afrodescendentes.


“Mesmo após sua aposentadoria, Wanda continuou ativa, escrevendo sua coluna “Opraí Wanda Chase” no Portal IBahia e trabalhando em projetos como um podcast Bastidores com Wanda Chase e um livro sobre a axé music”, afirma a nota de pesar.


O velório será na sexta-feira (4) a partir das 13h no Cemitério do Campo Santo, sala 03 - no bairro da Federação, em Salvador.


Homenagem

Em nota, a Secretaria de Cultura da Bahia lamentou a morte de Wanda e disse que a jornalista teve a trajetória marcada pela luta em defesa da igualdade racial e da representatividade na mídia. "Sua atuação em importantes veículos de comunicação a consolidou como uma das mais importantes jornalistas da Bahia."


A pasta ainda ressalta que a jornalista seria homenageada com o título de Cidadã Baiana em março, mas devido à hospitalização, não foi possível.


A ministra da Cultura, Margareth Menezes, postou uma foto em homenagem à jornalista. "Sua partida deixa uma lacuna no jornalismo e na luta por igualdade racial e justiça social", disse.



O músico Carlinhos Brown agradeceu Wanda pelo trabalho como comunicadora. "Seu poder de comunicação era tão forte que, quando ela chegava na TV, até as comidas ganhavam cheiro através das telas. As roupas, a dança, o olhar, o canto africano. E seus resquícios ganhavam profundidade através da sua potência comunicadora e da sua oralidade".


A cantora Daniela Mercury também fez referência à jornalista nas redes sociais. "Nossa Rainha Amazonense dos blocos Afro que contribuiu tanto para o jornalismo e a cultura da Bahia, Vá em paz. Vá com todas as proteções e todo o axé". Fonte: Agência Brasil

Foto: Robson Moura/TV Brasil
Foto: Robson Moura/TV Brasil

O tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá acelerar o processo de acordo entre o Mercosul e a União Europeia (EU). A avaliação é do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana.


“Eu acho que o Brasil não tem que focar em qual vantagem a gente vai tirar nisso. Até porque o presidente Lula é do multilateralismo, propõe acordos. Mas é óbvio que, qualquer analista vai ver, se os Estados Unidos conseguirem implementar essas medidas, pode ter como consequência, por exemplo, acelerar o processo do acordo Mercosul-União Europeia”, disse, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (3).


“Já ouvimos e vimos manifestações de líderes europeus que dizem que vão acelerar o processo de validação do acordo Mercosul-União Europeia”, acrescentou.


De acordo com Viana, as novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos abrirão novas possibilidades comerciais para o Brasil e demais países. “Mas acho que, antes das possibilidades, vão vir as dificuldades. E é um risco grande. É algo que pode construir uma nova era. Tem alguns analistas que já falam que pode ser que os Estados Unidos podem estar abrindo agora a era da China”, acrescentou.


Em média, as tarifas aplicadas por Trump foram de 10% para países da América Latina, de 20% para Europa e de 30% para Ásia, mostrando que o governo americano vê como maior ameaça os países orientais.


Apesar da taxa menor aplicada ao Brasil, de 10%, o presidente da Apex disse não ver “vantagem” para o país e afirmou acreditar que o tarifaço não será benéfico para o comércio global.


“Eu não consigo enxergar vantagem nenhuma quando o mundo pode piorar a sua relação comercial. Foram os Estados Unidos que introduziram no mundo, há décadas, a ideia do livre mercado, dos conglomerados, dos acordos comerciais, foram eles que fizeram, dizendo que isso era melhor para o mundo. E, de fato, para o mundo ficar mais pacífico, você tem que ter um mundo mais transacional entre os países”, afirmou.


Ele ressalvou, no entanto, que o Brasil poderá passar a receber mais investimentos, mas que a nova conjuntura será "ruim para todos".


“Acho que, na incerteza, o Brasil pode ter mais investimento do que tem, mas eu não estou querendo trabalhar a tese do tirar proveito ou tirar benefício, porque um mundo inseguro, um mundo em conflito, é ruim para todo mundo, inclusive o Brasil. A tese minha é essa, vai ser ruim para todos, independente de você ganhar mais aqui ou perder ali”. Fonte: Agência Brasil

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